Iniciativa faz parte do programa Rota 2030 e pretende auxiliar empresas com baixa produtividade e defasagem tecnológica. Veja como participar
Autor: Da Redação
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está trabalhando com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) no programa ‘Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas’, que tem por objetivo a integração da indústria automotiva nacional às cadeias globais de valor, focando no fortalecimento da cadeia ferramental e no desenvolvimento da produtiva.
A iniciativa faz parte do Rota 2030, um programa federal criado em 2018 para estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo, por meio de metas mensuráveis, desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e benefícios fiscais. Os recursos disponíveis para a execução do programa em cinco anos são de R$ 200 milhões.
Os projetos alocados no programa ‘Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas’ terão a duração máxima de um ano e o resultado final buscado será a produtividade, seja por meio da diminuição no tempo de fabricação de uma cavidade, por exemplo, ou da redução no tempo de fixação das peças. A expectativa é ter um mínimo de 50 projetos de aplicação tecnológica e trabalhar prioritariamente nas regiões de Caxias do Sul, Joinville, ABC Paulista e Belo Horizonte. Cada um dos projetos será submetido ao crivo de um conselho e deverá ter a participação de, no mínimo, cinco ferramentarias e três fornecedores.
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A comissão deverá eleger ainda de dois a três projetos estruturantes, ou seja, aqueles de risco – a maior parte dos projetos está voltada basicamente à aplicação. “Nós temos o objetivo de desenvolver e capacitar 250 empresas da linha IV do programa Rota 2030, que é o setor de ferramentarias, para que se tornem exportadoras”, afirma Jefferson de Oliveira Gomes, diretor-presidente do IPT.O diretor-presidente ressalta que a iniciativa vai além do objetivo de trazer benefícios às ferramentarias isoladamente, uma vez que deverá propiciar condições para o desenvolvimento do setor. Para chegar ao número de 250 empresas preparadas para exportar (atualmente, o Brasil conta com 1.852 ferramentarias), os coordenadores estimam trabalhar com cerca de mil delas durante o programa. Além disso, os stakeholders também deverão estar envolvidos, o que inclui mais 300 empresas fornecedoras de materiais. Instituições de ciência e tecnologia entram no desenvolvimento de profissionais, conhecimento e tecnologia, e mais 100 startups nessa linha de projeto. “Com tudo isso bem delineado, o governo receberá diretrizes para auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas, uma vez que será possível conhecer a fundo os setores e suas necessidades, que vão aparecer ao longo do processo” explica Gomes. “Não podemos pensar pequeno. Quem não é global no mundo global, não precisa estar aqui”, completa ele.
Como participar?
A revista TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE entrou em contato com a Fundep para verificar quais são os processo e critérios para as empresas participarem do programa. As condições você acompanha a seguir:Quais são os passos que as empresas interessadas devem dar para participar do projeto?
A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) é coordenadora de duas linhas do Rota 2030:- Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas: que objetiva a integração da indústria automotiva nacional às cadeias globais de valor, focando no fortalecimento da cadeia ferramental e no desenvolvimento da cadeia produtiva.
- Biocombustíveis, Propulsão e Segurança Veicular: que objetiva oferecer ao mercado opções de eletrificação do powertrain veicular com alta eficiência energética; biocombustíveis para a redução da emissão dos gases de efeito estufa; e melhoria da segurança veicular.
Quem pode participar do Programa Rota 2030
- Empresas da cadeia automobilística;
- Empresas de setores de aços e derivados, máquinas e equipamentos, materiais eletrônicos, produtos de metal e artigos de borracha e plástico;
- Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).
Quais os passos para se conectar com as linhas coordenadas pela Fundep e codesenvolver soluções para o setor automotivo?
- Fases atuais
- Habilitação das empresas;
- Aporte de recursos (veja abaixo);
- Identificação das demandas das respectivas cadeias.
- Próximas fases
- Elaboração do road map tecnológico de cada linha;
- Análise e aprovação dos projetos pelo Comitê Técnico e pelo Conselho Gestor;
- Repasse de recursos para os projetos selecionados;
- Execução e acompanhamento dos projetos.
Existe algum edital orientador?
Os editais para submissão de projetos de desenvolvimento tecnológico para as linhas coordenadas pela Fundep estão sendo elaborados tendo em vista as demandas das cadeias nacionais de Ferramentarias, Biocombustíveis, Propulsão e Segurança Veicular. Para mais orientações, a equipe da Fundep está à disposição (veja os contatos ao fim desta matéria).Empresas parceiras
Além da Fundep, como coordenadora, e do IPT, como responsável técnico, o programa ‘Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas’ ainda conta com a participação e apoio das seguintes instituições:- Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer)
- Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA)
- Arranjo Produtivo Local (APL) do Grande ABC
- Fundação Getúlio Vargas (FGV)
- Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)
- Instituto SENAI de Inovação
- Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
- Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
- Instituto Mauá de Tecnologia
- Parque Tecnológico de São José dos Campos
- Universidade Federal do ABC (UFABC)
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)