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Tendências em Revestimentos Industriais


Artigo Técnico 13 de dezembro de 2021 | Por: Portal TS
Tendências em Revestimentos Industriais
 
Consultor, Eritram Coatings
 

Já faz parte do conhecimento geral da comunidade técnica, quais serão os próximos passos que a indústria de revestimentos adotará. As principais metas a seguir serão quanto à menor agressão ao meio ambiente e ao usuário; facilidade de aplicação; performance físico-química do filme seco e menor custo.

Para atingir estes objetivos os revestimentos industriais vêm seguindo as tendências da utilização maior das tintas líquidas livres de solventes orgânicos, a pó e oligômeros com 100% de sólidos. Já com relação, aos compostos químicos, os mais pesquisados e citados nas patentes são os isocianatos bloqueados e os organo silanos, aparecendo em mais de 1.500 delas.

Uma forma de termos uma ideia para onde a tecnologia vai, é examinar as patentes editadas em 2.002 considerando-se o fato que muitas delas não alcançarão a maturidade capaz de tornarem-se produtos comercializáveis. Sendo assim citamos abaixo algumas observações colhidas e que nos pareceram interessantes ao leitor:

No que diz ao pré-tratamento do metal, as pesquisas continuam a indicar descobertas de soluções técnicas que eliminam uso dos sais de metais tóxicos, como aqueles que contêm íons entre outros, o cromo hexavalente. Estes desenvolvimentos alegam melhorar ainda mais as propriedades já alcançadas com produtos em uso os quais já não contêm aqueles compostos tóxicos. Outras citações tratam de produtos que trabalham a temperatura ambiente não gerando resíduos ou fáceis de reciclar.

Dentre os campos de maior interesse pesquisados, estão os trabalhos com as camadas de conversão para alumínio, zinco e suas ligas sem uso de cromatizantes, através de produtos que formam géis contínuos e estáveis sobre a superfície do metal além das camadas de conversão com elementos nano cerâmicos.

Quanto às novidades em tinta em pó as que nos chamaram a atenção foram aquelas que asseguram a descoberta de tecnologia de cura para temperaturas inferiores a 1300C; formação de filmes de altíssima resistência mecânica e outros os quais formam filmes delgados inferiores a 40 micra acrescidos às melhores propriedades de alastramento e cobertura de bordas. 

Poliésteres superduráveis isentos de TGIC, com novos reticulantes, vernizes acrílicos para carrocerias automotivas mais transparentes e lisos e com maior resistência a riscos, aparecem em inúmeros trabalhos. Outra área onde existem vários estudos é aquela relativa a obtenção de tecnologia de manufatura para fabricação automatizada de tinta em pó em cores diversas, com baixo set up e perda de processo, acrescido de um mais eficiente controle de cor. Sistemas metalizados encapsulados de melhor performance estética e química também estão sendo citados em várias formas de obtenção. A tecnologia de tintas em pó para madeira e suas fibras estão sendo largamente pesquisadas no sentido de tornar este processo mais robusto e de maior espetro de uso, foram também bastante mencionadas. Foram também concedidas patentes em revestimentos com alta resistência ao calor de até 2300C, as quais algumas delas já se tornaram produtos disponíveis no mercado. 

Quanto aos revestimentos curados por radiação, existem inúmeros trabalhos, sendo este um dos campos de maior possibilidade de expansão além do uso já muito difundido em madeira e plástico e em peças planas. Há pesquisas já maturadas e em vias de tornar produtos comercializáveis em coatings de cura por radiação e térmica e os eletro depositáveis diluídos em água, abrindo ainda mais o campo de uso destes produtos. 

Quanto às demais tintas hidrossolúveis, trabalhos têm sido feitos para obter-se filmes secos ao ar com melhores propriedades térmicas, a fim de suportar temperaturas de até 2300C sem perder as propriedades mecânicas e também que possam resistir produtos químicos, como os fluídos de freio para veículos automotivos. Outras patentes referem-se aos binders uretânicos 2K, aquo diluíveis, de alta performance; outras citam compostos silano organofuncionais, formadores de filmes também altamente resistentes. Quanto aos anticorrosivos foram pesquisados vários compostos de menor tensão de reticulação e contração, aumentando as propriedades de adesão e dilatação durante o serviço, melhorando em muito todas as suas propriedades.

No segmento de tintas eletro depositáveis, as patentes citam produtos para pintura de parafusos e peças pequenas, a granel, formando filmes contínuos sem falhas de aplicação e de boas propriedades anticorrosivas. EDs com zero Haps e zero VOC; outros que combinam boa resistência anticorrosiva com raios UV; muitos aditivos para alcançar propriedades específicas como aqueles que eliminam crateras e pequenos defeitos no filme, outros que possibilitam cura inferior a 1000C, são algumas das patentes enunciadas.

Quanto as demais tecnologias existem descobertas que melhoram os vernizes automotivos quanto a resistência a riscos e contaminantes químicos, tipo chuva ácida; compostos anti graffiti; outros que atribuem propriedades que se assemelham à cerâmica; sistemas de pintura para termoplásticos que não contenham solventes agressivos ao meio ambiente; binders acrílicos ultrahigh solids, cujos conteúdos ou um melhor detalhamento dos trabalhos fogem em si do escopo deste artigo.

Vale, todavia despertarmos para estas novidades. 

 

(Nota: Este artigo foi escrito e editado no final de 2002 para a revista Tratamento de Superfície)

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