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Parada de montadoras alerta sobre urgência de medidas, diz vice-presidente da FIESP

Vacinação e restabelecimento da cadeia de suprimentos de peças e insumos são urgentes para normalidade da produção.

Parada de montadoras alerta sobre urgência de medidas, diz vice-presidente da FIESP

Rafael Cervone é vice-presidente da FIESP e do CIESP

 

Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP) e candidato à presidência do CIESP nas eleições de 5 de julho próximo, manifesta preocupação com a parada na fabricação anunciada pelas suecas Volvo e Scania, seguindo-se à Volkswagen. “Precisamos atacar de frente os dois problemas que motivaram as decisões das empresas no Brasil: temor de aumento do contágio pelo novo coronavírus, que se resolve com a vacinação em massa, e o restabelecimento do fornecimento de peças e insumos, também afetado pela pandemia”.

Embora o governo tenha agora anunciado a aquisição de maior volume de vacinas, seria necessário, para Cervone, agilizar a disponibilização das doses necessárias para atendimento rápido ao maior número possível de pessoas. Ele sugere que “o Estado de São Paulo, que tem a maior concentração de indústrias do País e aumentou o ICMS, contribua para o Plano Nacional de Vacinação, tentando adquirir lotes maiores dos imunizantes, a partir da autorização que as unidades federativas receberam para comprar diretamente o produto”.

Quanto à normalidade da cadeia de suprimentos e insumos, embora também urgente, Cervone lembra que há grande desorganização da logística global neste momento, incluindo a dispersão de navios e contêineres. Além disso, muitas nações têm priorizado seu próprio mercado, em meio a uma tendência, desencadeada pela Covid-19, de protecionismo e nacionalização. “É um sinal de que devemos reduzir a dependência de bens de capital, peças, componentes e insumos importados. Esta é uma tarefa à qual FIESP e CIESP, bem como todas as entidades representativas da indústria, terão de se dedicar com muita atenção”.

A Volvo, que reduzirá a produção de caminhões em Curitiba a partir desta terça-feira (23) até o final do mês, e Scania, que paralisa fábrica no ABC paulista de 26 de março a 5 de abril, alegam nível de instabilidade na cadeia de abastecimento de peças e o agravamento da pandemia. Este segundo motivo é a justificativa da Volkswagen, que já havia anunciado a parada de todas as suas fábricas no Brasil entre 24 de março e 5 de abril. 

 

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