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O Tratamento de Superfície sob a ótica político-econômica


Palavras da ABTSTS 231 11 de setembro de 2022 | Por: Portal TS
O Tratamento de Superfície sob a ótica político-econômica

Uma análise do setor, segmento a segmento, como preparação para as tendências do EBRATS 2022 

Airi Zanini
Diretor Conselheiro da ABTS
 

 

Estamos muito próximos do evento mais importante na América do Sul para o setor de tratamentos de superfície: o EBRATS 2022, que será realizado entre 14 a 17 de setembro de 2022, no São Paulo Expo (Exhibition & Convention Center).

Desde sua última edição, em 2018, muitos desafios e mudanças ocorreram globalmente, por isso, é importante que façamos uma recapitulação do cenário político-econômico de uma forma realista e com visão de futuro, principalmente para o nosso setor:

Indústria Automobilística 

A indústria automotiva da região, que depende fortemente de importações e exportações para geração de receita, vem sofrendo uma crise financeira. De 2013 a 2015, a América do Sul, especialmente Brasil e Argentina, testemunhou um enorme fluxo de caixa na indústria automotiva, em parte relacionado à política nacional e a movimentos sociais. Esta entrada de caixa foi interrompida por um longo período, devido à Covid-19 e às consequências de lockdowns e impacto em toda a cadeia de suprimento. 

Com a retomada das atividades em todo mundo, o setor tende a subir, avançando também na vertente da sustentabilidade. 

Os principais fatores que irão promover o crescimento das vendas e da procura de automóveis de passageiros serão as taxas de juros mais atrativas e melhora da confiança dos consumidores. 

Em 2022, no Brasil, com a melhora da economia e maior disponibilidade de crédito para atender o mercado de veículos leves, investimento crescente e forte demanda de exportação, o país vem experimentando crescimento positivo na demanda e vendas de veículos. 

Construção Civil 

O mercado da construção civil é um segmento que continuou em alta durante a pior fase da pandemia de Covid-19. Para se ter uma ideia, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), em 2020, as vendas de novas unidades residenciais cresceram 9,8% no Brasil. 

Para este ano, as previsões são de crescimento entre 5% e 10%, e de uma alta de 3% do PIB. No entanto, alguns especialistas também acreditam que, nos próximos dois anos, o mercado não dará continuidade ao seu processo de crescimento. 

Em 2022 e futuro próximo, se a tendência de aumento das taxas de juros se concretizar, espera-se uma queda no subsegmento das residências. No entanto, na área do setor industrial e do varejo há previsões que manterão um aumento modesto, mas sustentável. 

Eletrodomésticos 

É fato que as mudanças provocadas pela pandemia deixaram marcas irreversíveis, tanto nos modelos de negócios, quanto nos hábitos de consumo em todo mundo. Para abordar um único exemplo, a adoção do trabalho remoto desencadeou um movimento crescente daqueles que quiseram equipar melhor seus lares. Aqui no Brasil, esse comportamento foi observado por meio da recuperação na produção e nas vendas de eletrodomésticos portáteis e das linhas branca e marrom. Apenas entre janeiro e agosto do ano passado, o saldo foi 26% maior quando comparado ao mesmo período em 2020. No último ano (2021), enquanto a linha marrom recuou 8%, a branca cresceu 21%, e os eletroportáteis marcaram alta surpreendente de 39%. Diante de tal desempenho, e diversos indicativos setoriais, as perspectivas para este ano serão desafiadoras, considerando fatores políticos, sociais e econômicos. De acordo com dados do IBGE, o país possui quase mil unidades produtivas, com maior concentração em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Apesar desse formato, ainda é baixa a participação brasileira em exportações no mercado atual, dominado por países como México, China e Eslováquia. 

APLICADORES

Anticorrosivos

O custo flutuante da matéria-prima é um dos principais fatores que restringem o crescimento do mercado global de revestimentos anticorrosivos. A maioria das matérias-primas utilizadas para a produção de revestimentos anticorrosivos é derivada de metais e petróleo. 

Flutuações nos preços das commodities (metais/petróleo) impactam o custo das matérias-primas. 

Subsegmento ligado a produção de automóveis. 

Metalização em Plásticos

O mercado de metalização em plásticos tem sofrido, globalmente, um decréscimo considerável. 

Alguns analistas falam até em 50% de redução, principalmente pela vinda dos carros elétricos na Europa. Recentemente, algumas indústrias na América do Sul relatam decréscimo das vendas.

Decorativos

Para América do Sul se espera um crescimento discreto. Entretanto, de uma maneira geral, em termos de macroeconomia, parece haver uma ligeira recuperação, o que é favorável a todos os mercados consumidores, diretamente relacionados ao setor de tratamentos de superfície. A intenção é sempre consolidar essas informações e divulgar produtos, novidades e mudanças importantes e diversificadas que ocorreram desde a última edição do EBRATS.

Certamente, teremos muito a acrescentar para o segmento e, consequentemente, ajudar a cadeia de suprimentos a agregar valor e sustentabilidade em seus produtos.

Estamos prontos para mais uma edição do Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície e, não tenho dúvidas, de que será, novamente, um enorme sucesso! 

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