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Névoa Salina (Salt Spray) - Grau de Corrosividade da Câmara


MercadoCorrosão 14 de dezembro de 2021 | Por: Portal TS
Névoa Salina (Salt Spray) - Grau de Corrosividade da Câmara

Como realizar a medição do grau de corrosividade da Câmara de Salt Spray / Névoa Salina, validando os resultados.

Este procedimento é necessário para verificar o correto funcionamento da Câmara de Névoa Salina (popularmente conhecido “Salt Spray”), e validar um correto resultado de ensaio. 

Este procedimento é baseado no item 5 da norma DIN EN ISO 9227 “Method of evaluation of the Corrosivity of the  cabinet ” e das normas ASTM B 117 e ABNT NBR 8094.

1. Cuidados Gerais

A manipulação dos produtos envolvidos deve ser feita sempre com equipamentos adequados de segurança. É indispensável o uso de luvas, avental de manga longa e óculos de proteção.

O contato com a solução de limpeza dos cupons ou mesmo com os produtos formados durante o processo (corrosão),podem causar  irritação à pele.

Olhos:

É necessário cuidado especial com os olhos, pois a solução de limpeza pode causar irritação ocular grave.

Enxaguar com excesso de água por vários minutos. Percebendo irritação consultar um médico

Pele:

Caso ocorra contato com a pele, lavar com sabão e água abundantes. Consultar um médico em caso de irritação cutânea.

Consultar as fichas FISQ para detalhes.

2. Material necessário :

  • Para verificação do grau de corrosividade do equipamento, devem ser utilizados pelo menos quatro padrões de referência ( Cupons de teste – CP ) com as dimensões de 150 mm x 70 mm e espessura de (1,0 ± 0,2) mm, podendo ser utilizados um número maior de padrões de referência em função do tamanho da câmara. Esses padrões devem ser confeccionados em aço EEP grau 3 e EEP grau 4 conforme ABNT 5915-2. Os padrões de referência devem ser obtidos a partir de uma única chapa ou tira. Deve-se possuir a rastreabilidade da composição química do material. Os padrões devem ter uma rugosidade superficial Ra de 0,8 μm ± 0,3 μm. 
  • 200 g de citrato de amônio dibásico.para preparação de solução 20% de limpeza, ou solução de similar função..

 

3. Determinação da Área Exposta.

  • As dimensões dos padrões devem ser medidas com instrumento de medição com resolução de 0,1 mm, como por exemplo um paquímetro. A área final deve ser calculada em metros quadrados (m2).

 

4. Cupons de Teste – Preparação Inicial

  • Antes de iniciarmos o procedimento é necessário verificar se cada cupom possui a fita plástica de proteção  em suas duas faces, caso alguma amostra esteja corroída (manchada de vermelho) ou sem um dos adesivos, descarta-la do teste para evitar grandes divergências.
  • Feita a inspeção, existe uma identificação em uma das faces de cada cupom. Remover a fita do lado sem número de identificação.
  • Após remover a devida fita, limpar a chapa com desengordurante industrial e posiciona-la em um suporte de acordo conforme item “3. Disposição dos cupons dentro da câmara”. 

Figura 1: Aparência inicial aceitável para os cupons de ensaio.

5. Disposição dos cupons dentro da câmara

  • Cada cupom fica com a face descoberta voltada para cima, a parte coberta pela fita adesiva deve estar para baixo. São apoiados sobre suporte inerte de forma que sua inclinação seja de 70 a 85 grausde inclinação com a horizontal.
  • A face voltada para baixo será a face gravada com número de identificação.
  • Se possível é interessante acompanhar a taxa de coleta durante o teste, dispor nesse caso os coletores próximos aos cupons, sem que ocorram respingos do cupom ao coletor.

a)

b)

 

Figura 2: a) Esquema de como deve ocorrer a precipitação de névoa sobre cupons;

b) Exemplo de disposição, cupons e coletores de névoa.

   

6. Condições durante o teste

É de grande importância que antes do teste de perda de massa ser iniciado sejam verificadas todas as condições pertinentes ás normas de ensaio ISO 9227 NSS, ASTM B 117  ou ABNT NBR 8094.

Condições como a manutenção da temperatura, taxa de coleta de névoa e sua uniformidade pela área útil de ensaio, além disso, a composição da solução deve estar de acordo, caso não esteja, o teste não pode ser feito corretamente.

Brevemente, durante o teste de perda de massa a câmara deve estar calibrada para que sem dificuldades consiga manter as condições mostradas em Tabela 1.

Tabela 1: Resumo das condições a serem mantidas durante o teste.

 

7. Limpeza dos Cupons após Período de Teste – Preparação Final

  1. Transcorridas 48 horas, os cupons devem ser retirados da câmara e a fita restante removida.
  2. Realizar limpeza com brasão leve em água corrente, com uma esponja de lavar louças ou escova, antes de colocar as amostras em solução.
  3. As amostras devem ser imersas em solução de limpeza de modo que não haja contato entre elas. A solução de limpeza indicada na norma ISO é uma solução 20%M.M de citrato de amônio (NH4)2HC6H5O7. Sua função é dissolver os produtos de corrosão aderidos à superfície dos cupons de teste. Preparar esta solução dissolvendo as 200g do produto em 800 ml de água. Outra opção é utilizando uma solução de HCl 1:1 com a adição de 3,5 g/L de hexametilenotetramina como inibidor de corrosão.
  4. Caso reste alguma mancha ou pontos mais profundos de corrosão, repetir o passo 2 e 3 a cada 10 minutos.
  5. Quando visualmente não forem mais notados produtos da corrosão pela superfície das placas, podemos fazer uma última limpeza com água e seca-las com tecido umedecido com álcool 98% ou secador de ar quente. Não deve conter gotículas de água na superfície da chapa, pois isso irá atrapalhar a pesagem.
  6. Após devidamente secas as placas podem ser pesadas. A balança é tipicamente analítica/semi-analítica.
  7. Registrar o peso final correspondente a cada cupom.

8. Determinação da perda de massa por unidade de área dos padrões.

A perda de massa por unidade de área dos padrões da câmara de ensaio é determinada pela seguinte equação:

Onde:

Δm = perda de massa por unidade de área em g/m2

m1 = massa inicial em g

m2 = Massa final em g

A = Área em m2

A corrosividade da câmara de ensaio é considerada satisfatória se a perda de massa por unidade de área de cada padrão de referência estiver dentro das faixas descritas na Tabela 3. 

 

Tabela 3 –  Faixas de perda de massa por unidade de área dos padrões permitidas durante a verificação da corrosividade da câmara de ensaio

9. Considerações finais

Descarte

  • Para o citrato de amônio dibásico, o descarte deve estar de acordo com a ficha FISQ do produto.
  • As chapas devem ser enroladas em plástico, e descartadas em lixo apropriado para metais.

Nota: Havendo dúvidas, por favor, entrar em contato com a BASS bassequipamentos@bass.com.br

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