Luiz Francisco da Cunha, CEO da SCHÜTZ VASITEX
A indústria de tratamento de superfície, em especial no segmento de pintura e tintas, tem passado por transformações significativas nos últimos anos. O crescimento da demanda por soluções mais eficientes, seguras e sustentáveis desafia todos os elos da cadeia produtiva, desde a formulação das tintas até a escolha das embalagens utilizadas para transporte, armazenamento e aplicação.
Nesse contexto, as embalagens industriais se consolidam como um elo fundamental para a competitividade do setor. Muito além da função logística de conter e proteger o produto, elas assumem hoje um papel estratégico: garantir a integridade das formulações, assegurar conformidade regulatória, aumentar a eficiência operacional e reduzir impactos ambientais.
Embalagens como fator de performance
O desempenho de uma tinta ou revestimento está diretamente relacionado à sua preservação até o momento da aplicação. Uma embalagem inadequada pode comprometer propriedades físico‑químicas, gerar desperdícios, e até mesmo, colocar em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores e da sociedade.
Por isso, fabricantes do setor vêm demandando soluções de alto padrão, que combinem resistência mecânica, proteção ao produto envasado contra contaminações e otimização logística. Além disso, há uma busca crescente por sistemas de envase e descarte que evitem perdas e facilitem a utilização do produto.
Outro fator determinante é a agenda ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança), que tem se tornado um norte para empresas em todo o mundo. No setor de embalagens, isso se traduz em três frentes principais:
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Recursos naturais: a redução do consumo por meio do design inteligente, que utiliza menos material sem comprometer a qualidade.
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Circularidade: a possibilidade de reutilizar embalagens de forma segura, com sistemas de coleta e reprocessamento que as reinserem no ciclo produtivo.
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Pegada de carbono: embalagens que reduzem as emissões de CO₂ ao longo de seu ciclo de vida, desde a produção de seus insumos, até o descarte ao final da cadeia produtiva.
Na SCHÜTZ VASITEX, por exemplo, desenvolvemos soluções que permitem o reaproveitamento das embalagens industriais, garantindo não apenas conformidade técnica e legal, mas também impacto positivo no meio ambiente. Esse modelo já se mostra essencial para indústrias de tintas e revestimentos que desejam atender padrões globais de sustentabilidade.
O setor de tratamento de superfície trabalha com substâncias químicas que exigem extremo cuidado na logística de utilização. As embalagens, portanto, precisam assegurar total segurança contra vazamentos, contaminações e acidentes.
Mais do que cumprir normas nacionais e internacionais, os fabricantes de embalagens devem oferecer soluções que inspirem confiança ao mercado. É nesse ponto que a inovação tecnológica se torna um diferencial competitivo, unindo engenharia de materiais, processos de fabricação de ponta e rigorosos testes de qualidade.
Desafios e oportunidades
O cenário global aponta para uma indústria de tintas e revestimentos em expansão, impulsionada por setores como construção civil, automotivo e industrial. Esse crescimento, no entanto, vem acompanhado de desafios: volatilidade de matérias‑primas, exigências regulatórias cada vez mais rígidas e a necessidade de investir em tecnologia e sustentabilidade.
Para empresas fornecedoras de embalagens, isso representa tanto uma responsabilidade quanto uma oportunidade. Responsabilidade porque cabe a nós oferecer soluções que contribuam para o desempenho e a segurança de toda a cadeia; e oportunidade porque a embalagem, quando bem pensada, deixa de ser um custo e passa a ser um fator de inovação, diferenciação e valor agregado.
O futuro das embalagens para o setor de pintura
Acreditamos que o futuro das embalagens para o segmento de tintas e de tratamento de superfície será marcado por três grandes eixos: digitalização, sustentabilidade e integração.
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Com o avanço da Indústria 4.0, sensores e sistemas inteligentes poderão monitorar condições de armazenamento em tempo real, ampliando a rastreabilidade.
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Novos materiais e modelos de reuso devem se consolidar, reduzindo drasticamente resíduos e tornando a economia circular um conceito prático de sustentabilidade.
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Embalagens cada vez mais adaptadas às linhas de produção automatizadas, aumentando a eficiência e reduzindo perdas.
O setor de pintura é desafiador, mas também altamente dinâmico. Ao lado de nossos clientes e parceiros, acreditamos que a evolução das embalagens continuará sendo um elemento‑chave para o desenvolvimento sustentável e competitivo da indústria.