Marcelo Rica

Diretor Comercial da TRATHO Metal Química

“Defendemos redução na alíquota de importação do zinco SHG e monitoramento do preço internacional como balizador dos preços internos”

Em qual segmento, daqueles contemplados pelo Zamac, a sua empresa atua? 

A Tratho atua em dez segmentos de negócios e, relacionado ao Zamac, atendemos o segmento de fundição com o fornecimento da matéria-prima (ligas de Zamac). E, no segmento de galvanoplastia, com o fornecimento dos produtos químicos para o tratamento superficial da peça injetada. 

A sua empresa atua em todas as aplicações da liga? 

Somos importadores e distribuidores autorizados de produtos químicos e metais não ferrosos. Nas ligas de Zamac, temos um contrato de distribuição com a Nexa e, assim, atendemos todo o território nacional. Disponibilizamos material primário nas ligas 3, 5, 6 e 8. Atendemos a partir de nossa matriz em SP, como também via filiais nos estados de RS, SC, RJ e MG.

Por que trabalhar com o Zamac? 

As aplicações das ligas de Zamac já se consolidaram há anos, seja em substituição ao latão com enorme vantagem competitiva, ou mesmo em substituição ao alumínio com propriedades técnicas bem específicas. Podemos assegurar sua relação custo/benefício em uma série de produtos finais consagrados.

Quem é o seu principal consumidor hoje e em qual ponto da cadeia a sua empresa está posicionada?

Estamos posicionados no início da cadeia ao fornecer a matéria-prima. Os principais setores demandados são: moveleiro, autopeças, metais sanitários, ferragens/fechaduras; entre outros.

Qual a grande novidade da sua empresa relacionada ao Zamac? Qual o grande diferencial da sua companhia?

Nos destacamos por fornecer somente material primário (Zamac de primeira injeção). Isso assegura características físico/químicas ímpares ao produto final. Nosso diferencial está em propor uma relação comercial por meio de um programa de vantagens denominado ‘Tratho Fideliza’ (14 benefícios). Focamos os serviços agregados.

Como a sua empresa enxerga as limitações de se trabalhar com o Zamac? 

Considerando as expectativas consolidadas de aplicação das ligas de Zamac, não identificamos limitações à sua aplicação.

Atualmente, como está o mercado de Zamac, no Brasil e no mundo?

Vemos uma demanda estacionada e com certo movimento de elevação por força da revitalização da indústria nacional, que vem recuperando fôlego frente ao produto importado. Entretanto, não identificamos novos nichos de mercado para sua aplicação. É fato que a indústria nacional já registrou maiores demandas para a utilização do Zamac, principalmente no setor automotivo, sistema de carburação de veículos principalmente, coisa que já não existe mais; porém, esse rearranjo de oferta/demanda já se estabilizou.

O Zamac trabalha com 4 tipos de metais, como vocês estão lidando com a volatilidade no preço deles? Como esse cenário impacta em seus negócios?

Nos preocupa muito a cotação do zinco em bolsa (LME), acima de USD 4.000,00/ton. Isso impulsiona um preço final da matéria-prima que poderá, sim, inviabilizar sua utilização em produtos de valor agregado baixo (utilidade doméstica, brinquedos, decoração, etc.). Entretanto, contraditoriamente, ainda vemos demanda aquecida para o Zamac.

Qual o cenário ideal do trabalho com o Zamac? 

Defendemos redução na alíquota de importação do zinco SHG e monitoramento do preço internacional como balizador dos preços internos. 

Qual é a projeção de sua empresa para os próximos anos? 

Pretendemos manter participação estável com market share de 23% a 25%.

Quais são as principais tendências de trabalho com Zamac? 

Não visualizamos novas tendências relevantes para a liga, além dos principais setores mencionados.

Foto: Aline Oliveira Santos

Mercado: “Vemos uma demanda estacionada e com certo movimento de elevação por força da revitalização da indústria nacional”