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Economia circular: o futuro agora na Schütz Vasitex


Entrevista TSTS 226 22 de outubro de 2021 | Por: Portal TS
Economia circular: o futuro agora na Schütz Vasitex

“Não bastará olhar apenas para a embalagem que melhor funcione e seja menos onerosa, será preciso olhar para todo ciclo de vida da embalagem e escolher aquela que seja mais competitiva, mais segura, provenha melhor otimização logística e maior economia circular” 

Luiz Francisco Da Cunha, Diretor Executivo da Schütz Vasitex

É o sonho de todo empreendedor expandir o seu negócio o máximo que puder, atuando em todos os mercados possíveis, e de maneira sustentável e lucrativa; mas qual será o fator que separa aqueles que conquistam esse ideal dos que não o alcançam? No caso da empresa que é tema desta entrevista foi a coragem do fundador, sr. Luiz Teixeira da Cunha, que, após três décadas, decidiu transformar o seu estável negócio de tambores metálicos em operações de ciclos completos de recondicionamento e reciclagem de embalagens plásticas rígidas. A mudança deu tão certo que a empresa, Vasitex, chamou a atenção da, internacional, Schütz, criando a Schütz Vasitex, joint venture que já opera em mais de 50 locais mundo afora. Quem nos contará essa história e também mostrará como as embalagens de produtos químicos são tão importantes como os próprios conteúdos que carregam, seja pela ótica da lei, da qualidade, e o mais importante, do meio ambiente, é o Diretor Executivo da Schütz Vasitex, Luiz Francisco Da Cunha. Acompanhe.

Pode nos contar a história da Vasitex? Como ocorreu o início da parceria com a Schütz? 

A Vasitex Vasilhames Ltda. foi fundada em 1962 pelo sr. Luiz Teixeira da Cunha, pioneiro no segmento de recuperação de tambores metálicos no Brasil. Em 01 de Novembro de 1999, o sr. Luiz decidiu mudar os rumos da empresa, deixando de operar com recuperação de tambores metálicos, passando a recondicionar e reciclar apenas embalagens plásticas rígidas. Precursora de sistemas de ciclo de vida fechado para contêineres plásticos de 1000 litros, a Vasitex percebeu que os benefícios econômicos e ambientais providos através de contêineres recondicionados, também poderiam ser usufruídos por empresas cujos produtos somente podem ser envasados em embalagens novas. Em 2009, a união entre duas empresas líderes em seus segmentos de atuação dá formação à Schütz Vasitex: uma sociedade estabelecida para oferecer as melhores soluções em embalagens industriais ao mercado brasileiro. A nova empresa combina as exclusivas competências de produção e serviços da Schütz - líder mundial em embalagens industriais – com a especialização e experiência local da Vasitex – empresa brasileira líder em recondicionamento e reciclagem de IBC’s plásticos – com mais de 50 anos de atividade prestando serviços ecológicos a usuários de embalagens industriais.

IBC EcoBulk

Quais foram as principais transformações ocorridas na companhia após a oficialização da joint venture Schütz Vasitex? Quais foram os principais pontos de intercâmbio entre as duas empresas?

A partir da Joint Venture, a Vasitex deixou de ser uma empresa detentora de tecnologia comum, para ser detentora das mais avançadas tecnologias disponíveis no mundo para produção de Tambores, Bombonas e IBC’s Plásticos, oferecendo ao mercado local o portfólio completo mundialmente disponibilizado pelo grupo Schütz, desde IBC’s Plásticos monocamada até IBC’s multicamadas, antiestáticos e condutivos, com inúmeras variedades de itens e acessórios, para todas aplicações. Além disso, também passou a manter networking tecnológico em sistemas, processos e equipamentos, se tornando a empresa mais modernizada do mercado brasileiro neste segmento de atuação. 

Antes da pandemia o Brasil buscava recuperação diante de sua crise econômica interna. Em contramão a esse cenário, a Schütz Vasitex crescia, quais fatores foram preponderantes para essa realidade e como ela foi afetada pela chegada do novo Coronavírus? 

A pandemia trouxe inúmeros impactos às indústrias. Falta de insumos produtivos, redução abrupta na demanda, aumentos vultuosos de custos, afastamento de colaboradores, dentre muitas outras consequências de uma situação sem precedentes. Nesse ambiente, as empresas devem buscar alternativas para se manterem operantes, saudáveis e amenizarem os impactos da pandemia. A Schütz Vasitex mantém abastecimentos de insumos não apenas localmente, como também, se necessário, através de quaisquer de suas 52 unidades espalhadas pelo mundo. Por esta razão, não sofreu com a falta de insumos em suas unidades produtivas nacionais. Ao mesmo tempo é uma empresa que tem soluções para quase toda necessidade relacionada a embalagens industriais, desde 20 até 1000 litros, combinando economia circular com segurança ambiental. Enquanto usuários de embalagens 100% metálicas ficavam desabastecidos por razão da falta de aço, a Schütz Vasitex dispunha tambores plásticos fabricados com resina plástica virgem, reciclada, IBC’s Plásticos Novos, Recondicionados, Refabricados ou Recuperados, para uso ‘one way’ ou ‘multiway’. Isso nos permitiu não apenas manter os nossos clientes bem abastecidos e seguros, como também mais competitivos e diferenciados.

EcoBulk MX 1000

Qual o principal desafio do mercado brasileiro no lidar com transporte e armazenamento de produtos perigosos?

Equacionar qualidade com segurança operacional, otimização logística, competitividade, atendimento de legislações específicas e segurança ambiental. Não basta escolher a embalagem que funciona melhor na operação, ou que tem o custo mais atrativo de aquisição. É preciso atender todas as legislações inerentes, principalmente as relacionadas ao transporte e descarte, já que embalagens usadas se tornam resíduos perigosos e se não descartadas de forma ambientalmente correta podem acarretar consequências desastrosas não apenas ao meio ambiente, à saúde pública, como também à imagem da empresa e tudo que é previsto em lei relacionado a crime ambiental.

Qual é a tecnologia mais adequada para transporte e armazenamento de produtos químicos perigosos hoje; por quê?

Cada cadeia de fornecimento tem as suas peculiaridades e demandas, requisitos. Quando se trata de produtos perigosos em nível nacional, entendemos que os IBC’s Plásticos de 1000 litros são as embalagens mais adequadas e benéficas, pois combinam: 

  1. Qualidade e segurança superior ao envase, armazenamento e transporte;
  2. Logística otimizada e possibilidade de automação no envase, eliminando o manuseio;
  3. Processo de envase rápido, seguro e mais produtivo;
  4. Armazenamento melhor aproveitado, eliminando perdas de espaços;
  5. Transporte mais competitivo; 
  6. Logística reversa viável; 
  7. Ganhos com o reaproveitamento do IBC ou seus materiais; 
  8. Menor impacto ambiental devido ao menor consumo de recursos naturais para cada 1000 litros envasados; 
  9. Menor impacto de custo por litro envasado, perante outras embalagens – dentre outros inúmeros benefícios e vantagens.

Qual é a principal preocupação com esse tipo de embalagem? Por quê?

O uso indiscriminado, desrespeitando normas, regulamentos, legislações e os preceitos de segurança. Por bem, recentemente, a ANTT e o INMETRO atualizaram as legislações para uso e transporte de produtos perigosos em IBC’s, através da Resolução 5.947/21 da ANTT e a Portaria INMETRO 395/2020. Torcemos para que todos agentes desse mercado tenham consciência e atuem sob as determinações legais. Não apenas os fornecedores de IBC’s, como também os usuários na escolha de seus IBC’s para uso, assim como os órgãos fiscalizadores coibindo a ilegalidade.

No que as indústrias que trabalham com componentes químicos precisam ter mais atenção no transporte e descarte desses produtos?

O transporte inadequado ou inseguro de líquidos perigosos coloca em risco o meio ambiente e a segurança de todos. Tanto IBC’s recondicionados quanto refabricados estão sujeitos às mesmas exigências de certificação aplicadas aos IBC’s novos de mesmo tipo. As indústrias precisam certificar-se que estão contratando produtos e serviços que estão em total conformidade com as legislações vigentes, caso contrário poderão sofrer as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e a sociedade.

Nesse sentido, quais são os principais produtos/serviços oferecidos pela Schütz Vasitex?

A Schütz Vasitex produz bombonas plásticas de 20 a 50 litros, tambores plásticos de 200 a 220 litros produzidos com resina virgem ou reciclada. Mas sua atividade principal são os IBC’s, cuja atuação ocorre em todo o ciclo de vida. Além de oferecer IBC’s de todos os tipos e para todas as aplicações, desde produtos alimentícios até produtos inflamáveis, a Schütz Vasitex provê a rastreabilidade, o gerenciamento logístico, a coleta nas principais regiões do mundo quando esvaziadas, a recuperação para reuso, o tratamento dos residuais contidos, a reciclagem das partes usadas e contaminadas inaproveitáveis e a refabricação dos componentes reciclados em nossas embalagens para um novo ciclo de vida, assegurando todos os envolvidos na cadeia de total segurança ambiental com economia circular. 

Pensando em meio ambiente, como se dá o descarte do material coletado por vocês?

Primeiramente, objetivamos o reuso. A recuperação das embalagens, o tratamento dos residuais e o reaproveitamento pelo usuário. Assim, reduzimos o impacto ambiental e promovemos a maior economia possível. Quando a embalagem não é passível de reaproveitamento, por razão dos contaminantes ou qualidade estrutural, a Schütz Vasitex realiza a destruição mediante moagem, descontaminação do plástico, extrusão, tornando-o matéria-prima a ser utilizada na produção de novas embalagens. No caso dos IBC’s, as grades são reutilizadas em um novo ciclo de vida, mediante o processo de refabricação, com inserção de partes novas (recipiente plástico, tampa e válvula). Todos resíduos e efluentes gerados nos processos são tratados internamente. Os sólidos, enviados para coprocessamento. As águas contaminadas de lavagem, depois de tratadas, a maior parte é reaproveitada nos próprios processos. A Schütz Vasitex detém as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OSHAS 18001 nos sistemas de recuperação e reciclagem. Na produção de embalagens novas, todo setor produtivo é certificado pela FSSC 22000, dando status de qualidade para alimentos a qualquer embalagem produzida.

Qual a principal tendência para o setor de transporte, armazenamento e descarte de produtos perigosos? 

Antes se tratava de algo do futuro. Agora se tornou essencial para todas as indústrias: a Economia Circular. O Brasil anunciou a meta de atingir a neutralidade climática até 2050, na Cúpula de Líderes pelo Clima. Antes de alcançar a neutralidade climática, o Brasil pretende diminuir em 37% as emissões até 2025, e em 43% até 2030. Empresas usuárias de embalagens industriais demandarão mais de seus fornecedores, para que consigam se manter competitivas num ambiente complexo, cada vez mais exigente, regulado, cheio de determinações legais e corresponsabilidades. Não bastará olhar apenas para a embalagem que melhor funcione e seja menos onerosa, será preciso olhar para todo ciclo de vida da embalagem e escolher aquela que seja mais competitiva, mais segura, provenha melhor otimização logística e maior economia circular. 

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