Carol Silvestre é líder de Comunicação Global da VTEX, plataforma de comércio digital para grandes empresas
Uma reflexão e convite ao debate saudável sobre diversidade de gênero e futuro com a popularização das inteligências artificiais
Como profissional de comunicação, sempre que realizo treinamentos de porta-vozes, oriento aos participantes sobre a importância da definição e do foco no tema escolhido para entrevistas, palestras e artigos de opinião. Afinal, para apresentar uma boa retórica é fundamental que o orador domine o assunto sobre o qual falará e que, obviamente, o mesmo seja do interesse da audiência.
Quando convidada para escrever este texto, minha primeira reflexão foi: “Qual assunto será suficientemente interessante para você, leitor da Revista TS?”.
Considerando as últimas notícias, meus interesses pessoais e atuação profissional em empresa de tecnologia, pensei no queridinho do momento: o Chat GPT (ferramenta de Inteligência Artificial - IA.
Se você ainda não conhece, recomendo o teste neste link: chat.openai.com). Mas, como mulher, líder em uma multinacional, com experiências anteriores em empresas automobilísticas, de eletrônicos e do agro, senti que não poderia deixar passar despercebido o Dia Internacional das Mulheres, celebrado em março, mas que merece referência sempre.
Refleti muito sobre o interesse de vocês e sobre o meu objetivo com esta coluna: colaborar para estimular a reflexão e o debate saudável, sem nenhum tipo de ativismo ou radicalismo.
Por tudo isso, decidi unir ambos os assuntos.
A seguir, compartilho um trecho do que a inteligência artificial – que parece algo robótico, mas na verdade é resultante da soma das inteligências de diversos humanos em sua programação e na alimentação de conteúdos – tem a nos dizer sobre a importância da diversidade e do papel dos homens como aliados para equidade de gênero:
“Gostaria de enfatizar a importância dos homens como aliados na busca por mais equidade de gênero, para tanto, vale lembrar que a diversidade é fundamental para:
• Inovação: Estudos comprovam que equipes diversas tendem a ser mais inovadoras e criativas no desenvolvimento de produtos e serviços, pois a variedade de ideias e perspectivas enriquece o processo de tomada de decisão e pode levar a soluções mais eficazes.
• Retenção de talentos: Empresas que promovem a diversidade tendem a reter seus talentos, pois os funcionários se sentem mais valorizados e respeitados.
• Responsabilidade social: Empresas e associações melhoram suas reputações, exercendo suas obrigações morais e éticas ao promover a igualdade e a justiça social.
• Aumento da produtividade: Estudos mostram que a diversidade de gênero no local de trabalho pode aumentar o desempenho financeiro das empresas.”
Para concluir, destaco (eu mesma, e não mais o Chat GPT) que, assim como na relação entre os seres humanos e as máquinas, na interação entre pessoas diversas no ambiente profissional, qualquer abordagem ‘nós contra eles’ e perspectivas unilaterais podem ser extremamente prejudiciais e limitar nosso potencial.
No entanto, quando unimos nossos esforços e atuamos valorizando os diferentes pontos de vista, podemos avançar de forma mais rápida e assertiva. Portanto, além de promover a diversidade e a equidade como aspectos éticos, e estratégias de negócios bem-sucedidas, te convido a refletir sobre a seguinte indagação:
Seriam a diversidade e a pluralidade humana capazes de nos manter relevantes no mundo atual e assim garantir que não sermos substituídos por máquinas num futuro próximo?
Eu acredito que sim.
*Carol Silvestre é formada em Jornalismo, com MBA em Administração de Empresas, e pós-graduação em Marketing. Atua há mais de 15 anos, e já passou por cargos de liderança na Mercedes-Benz, Samsung, Oracle e Cargill. Atualmente, é líder de Comunicação Global da VTEX, plataforma de comércio digital para grandes empresas.