
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) informou que a nova Ordem Executiva dos Estados Unidos, que institui tarifa recíproca, não será cumulativa à alíquota de 50% já vigente desde junho pela Seção 232. A alumina foi incluída na lista de isenções, mas bauxita, hidróxido de alumínio e cimento aluminoso continuam sujeitos à sobretaxa.
Mesmo com a não cumulatividade, os prejuízos são significativos: os EUA foram o terceiro maior destino das exportações brasileiras de alumínio em 2024, representando US$ 773 milhões (R$ 4,2 bilhões). Estima-se que um terço desse valor já esteja sujeito à tarifa de 50%, inviabilizando diversos produtos no mercado americano. No 1º semestre de 2025, as exportações impactadas pela Seção 232 caíram 28%, e as perdas até o fim do ano podem superar US$ 210 milhões (R$ 1,15 bilhão).
A ABAL também alerta para riscos sistêmicos na cadeia de suprimento integrada entre Brasil, EUA e Canadá, e para a disputa global por sucata, que pode comprometer a segurança de suprimento, a economia circular e a reindustrialização verde. A entidade defende um plano de mitigação que considere a relevância estratégica do alumínio para as transições energética, econômica e industrial, preservando competitividade e equilíbrio nas relações comerciais globais.